Título Original: The Body Finder
Gênero: Thriller
Autor: Kimberly Derting
Edição: 1º
Ano: 2011
Editora: Intrínseca
INBS: 9788580570809
Nº de Páginas: 272
Sinopse:
Violet Ambrose tem dois problemas – o dom mórbido e secreto que carrega desde a infância e Jay Heaton, seu melhor amigo, por quem está apaixonada. Aos dezesseis anos e confusa com os novos sentimentos em relação a Jay, ela começa a ficar cada vez mais incomodada com sua estranha habilidade – Violet encontra cadáveres. Desde pequena ela percebe os ecos que os mortos deixam neste mundo. Ruídos, cores, cheiros. Mas não todos, apenas os das vítimas de assassinato. Para ela, isso nunca foi um grande talento. Na maioria das vezes, tudo o que encontrava eram pássaros mortos, deixados para trás pelo gato da família. Mas, agora que um serial killer está aterrorizando a pequena cidade onde mora e os ecos das garotas assassinadas a perseguem dia e noite, Violet se dá conta de que talvez seja a única pessoa capaz de detê-lo. Em pouco tempo ela estará no rastro do assassino. E ele, no dela.
Enredo
A sinopse foi bem feita, promete realmente o que o livro tem a te mostrar, embora a atenção da autora no romance de Violet com Jay tenha sido um pouco (muito, na verdade) maior do que eu esperava. Outro fator bem relevante na narrativa foi o fato da não-surpresa. Exatamente, as coisas são bem previsíveis e, apesar de haver reviravoltas que tornam a narrativa interessante, meus palpites quanto aos desfechos sempre estavam certos, e isso me incomodou, mas não frustou minha leitura.
Os capítulos do livro são organizados numericamente e muito bem definidos, o que facilita àqueles que não podem seguir com a leitura de uma vez até o fim. E a história é narrada em terceira pessoa, mas o narrador tem acesso apenas aos pensamentos de Violet. Há também capítulos com Títulos, sem quaisquer número e esses estão destinados a nos mostrar as caçadas do Serial Killer.
Personagens
A história possui personagens muito bem definidos psicologicamente. E, não há como negar, os personagens são envolventes. Gostei de todos, sem exceção. Protagonistas, coadjuvantes e antagonistas (sim, o Serial Killer) me conquistaram. Algo interessante nos personagens foi o fato de não haver a clássica descrição do tipo:
E Violet olhou Chelsea. Os cabelos longos e escuros da menina caíam sobre seus ombros e contrastavam com sua pele clara. Seus olhos verdes pareciam emitir algum tipo de radiação que te penetrava mesmo contra sua vontade.
Se você leu o trecho acima saiba que ele não faz parte do livro. O livro faz exatamente o contrário. Não há revelação de traços físicos. Alguns, no decorrer da história, são ditos, outros, ficam a cargo na nossa imaginação e isso, confesso, me deixou frustado no início, mas no fim eu gostei. Já que temos a personalidade é só achar algum tipo físico que combine.
Capa e Diagramação
A capa do livro é realmente bonita. Eu não sei exatamente o porquê de ser uma folha, mas o jogo de cores e a frase na capa de trás do livro me fizeram pensar que aquilo era o brilho azul oleoso que Violet vira (não foi spoiler, pelo menos, não meu, pois isso está escrito na capa de trás). A diagramação é simples e, apesar de serem poucas páginas, as letras são pequenas. Não que eu tenha percebido isso enquanto lia, essa foi a leitura mais fluida de 2012, até agora. O único diferencial são que os capítulos iniciam com uma, eu acho, videira (um galho com algumas folhas). Mas, voltando a capa, como eu mostrei no video, a parte de trás descasca e isso me deixou chateado. Por mais cuidadoso que eu tenha sido, não adiantou, descascou.
Opinião Final
Ecos da Morte é, sem dúvida, um livro que eu recomendo. A leitura é de fácil compre- ensão e, cada vez mais, você fica curioso com o que está prestes a acontecer. O romance entre Jay e Vi é... intenso. Chega a ser bem quente, ás vezes. Eu sempre ria quando, no último segundo, o garoto se afastava. Mas o que ela pretendia em um quarto com os pais no andar de baixo?
Fiquei um tanto desanimado ao ler o pedacinho da história que Intrínseca liberou, no fim do livro, do próximo livro Desejo dos Mortos. Me pareceu um outro Ecos da Morte. E espero estar errado. É me chamar de burro contar a mesma coisa com personagens diferentes. Mas, vamos lá! Quem sabe agora a Kimberly finalmente me surpreende?
E a nota final de Ecos da Morte é:
Primeiro por dar muita atenção a um romance que, apesar de fofo, foi, na minha opinião, prematuro. Segundo pela falta de surpresas, ou melhor, pelos desfechos previsíveis. Quando, no último segundo, eu achei que ela iria me surpreender, ela não fez. Isso foi bom pois se ela fizesse o que eu imaginava, detestaria o final da história (ficou confuso mas não dá para explicar sem spoiler). Mais uma vez, sem frases, por que perdi meu bloquinho e não deu para anotar.
