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sábado, 23 de junho de 2012

Resenha - O Céu Está Em Todo Lugar

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Título Original:The Sky Is Everywhere
Gênero: Drama / Romance
Autora:Jandy Nelson
Edição: 1º
Ano: 2011
Editora: Novo Conceito
INBS: 978-85-63219-37-4
Nº de Páginas: 423
Sinopse:
   Lennie Walker, obcecada por livros e música, tocava clarinete e vivia de forma segura e feliz, à sombra de sua irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre de forma abrupta, Lennie é lançada no centro de sua própria vida e, apesar de não ter nenhum histórico com rapazes, ela se vê, subitamente, lutando para encontrar equilíbrio entre dois: um deles a tira da tristeza o outra a consola.
   O romance é uma celebração do amor, mas também um retrato da perda. A  luta de Lennie para encontrar sua própria melodia em meio ao ruído que a circunda é sempre honesta, porém hiléria e, sobretudo, inesquecível.


   Acho justo confessar que antes de ler a sinopse, eu achava que esse livro era um drama, depois de ler, achei que havia caído em um romance água-com-açúcar, mas no final do livro o conceito ficou totalmente novo (se leu ali em cima, o livro é da Novo Conceito haha).

   Esse livro, de material incrivelmente lindo e detalhadamente trabalhado, nos conta a triste, porém muito mais confusa, história de Lennie, uma garota de 17 anos que nunca se importou em ter um brilho próprio e sempre esteve quieta no seu canto, ofuscada pela vivacidade, beleza, atitude, alegria, determinação e vários outros atributos de sua irmã – Bailey.

   Até que Bailey morre...

   Deixando para trás uma irmã que agora se vê protagonista de sua própria vida e não sabe, de maneira nenhuma, lidar com isso.

“Minha irmã vai morrer todos os dias pelo resto da minha vida. A dor dura para sempre. Não desaparece nunca; torna-se parte de nós, a cada passo, a cada suspiro. Nunca vai parar de doer, Bailey, porque eu nunca vou deixar de gostar muito de você. É assim que é. A dor e o amor caminham juntos, um não existe sem o outro (...)” Página 390

   A história vem pra gente contada pela boca da própria Lennie, no presente, o que pode causar estranheza em algumas pessoas, e, por incrível que pareça, eu achei que a descrição dos personagens foi muito satisfatória. Não que Lennie seja a pessoa mais perceptiva do mundo, mas realmente há diálogos o suficiente para definir os traços marcantes de cada personalidade que realmente importa. Quanto as que não importam... Enfim, não importam! (ah, jura?)

   Agora, com as rédeas de sua vida jogadas na sua mão, ela, a garota que antes só ligava para música e idolatrava os antigos romances vitorianos como O morro dos ventos uivantes e Jane Eyre, se vê em tendo que lidar com a atração ao sexo oposto, com o pesar e com relações interrpessoais que se tornam cada vez mais complicadas.

   Conhecemos diversas personalidades no mínimo curiosas no decorrer da narrativa, desde Sarah – a melhor amiga, com espírito de líder de torcida. Loira, gótica, country e que segue tendências que todos os outros desconhecem – passando pela vovó – uma senhora de renome municipal pelo jeito com flores, que ama pinturas verdes e sempre usa vestidos floridos – e tio Big – um homem com voz de trovão que já se casou mais vezes do que deveria – até Joe e Tony que, bem, leiam e descubram (hahahaha).

   É sem dúvida intrigante o modo como os fatos se desenrolam, o livro já começa com uma velocidade razoável, levando-se em conta que a protagonista já está de luto, e o nível de interesse pela história vai crescendo gradativamente, sem regressos. Houve apenas uma única parte que se tornou muito densa, felizmente não de muitas páginas, já no fim do livro, onde tudo praticamente desaba e a depressão fica palpável. Fora isso, segue tranquilo – ou melhor, o mais tranquilo possível quando se lida com a morte da sua irmã. 

   Acho que é necessário informar que o livro trata muitas vezes de envolvimento que ultrapassa os beijos e mãos, e chega em coisas um pouco mais quentes, o modo como Lennie encara isso é cômico nas primeiras vezes, nas outras... nem tanto.

“Mas então, subitamente, sinto algo duro contra meu corpo, aquilo! Caramba! Solto-me rapidamente, digo adeus, e corro para dentro de casa.” Pagina 39

   Outra coisa muito interessante é que, a todo momento, ela escreve pequenos poemas em qualquer coisa, desde papéis de bala, a copos do chão e até árvores ou portas paredes. Sempre pequenos relatos ou desabafos em relação a Bailey e, uma coisa que eu achei super incrível, a Novo Conceito, mandou vários desses bilhetes no meio da história.Como eu já disse antes esse livro foi feito com muito bem! A capa é linda e tem uma textura de capa de couro, muito boa. È todo em azul, inclusive as fontes. Acho que foi para tentar fazer a gente se sentir no céu e, posso dizer: missão cumprida!

   Com isso, o conceito final de O Céu Está em Todo Lugar é:


   Há planos de uma adaptação cinematográfica para esse livro. A produtora da estrela jovem Selena Gomez comprou o direito de adaptação. Eu não acho que ela combine nem um pouco com a protagonista que eu imaginei, nem acho que ela é uma boa atriz, mas fazer o que, né? Confira mais informações AQUI