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sábado, 23 de março de 2013

Resenha - Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas

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Título Original: Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas
Gênero: Ficção / Fantasia 
Autores: Raphael Draccon
Edição: 4º
Ano: 2012
Editora: Leya
INBS: 978-85-62936-33-3
Nº de Páginas: 440
Sinopse:

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cans
adas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.


   Quando, pela primeira vez, ouvi falar desse livro, disseram-me que se tratava de um livro de contos. E não posso julgar a pessoa pelo mal emprego da conjunção. Até porque acredito que a forma como encaramos o conteúdo pode ser diferente. Entretanto, não é nenhum segredo dizer que quando alguém nos diz um que um livro é "DE contos", a gente imagina uma coletânea de pequenos textos que podem, ou não, ter ligações entre si. Mas a verdade é que Dragões de Éter não é um livro "DE contos", mas sim um livro "COM contos", mas não se engane, quando eu digo com contos não me refiro a possíveis digressões na narrativa, mas sim ao fato da genialidade do autor em reciclar, de uma maneira tão sútil e com tanta maestria, alguns personagens já nossos conhecidos.

   O livro começa com um ar de mistério. Um narrador onisciente e onipresente que ora te mostra uma coisa, ora te mostra outra em outro tempo, outro lugar e com outro pesonagem. Ele começa a contar meias coisas sobre várias pessoas, sem nunca concluir pensamento e sempre com frases como "Mas não é hora de falarmos disso. Falremos mais a frente". Pode parecer confuso, mas não é. Pelo contrário, é muito agradável. Conhecer todos os personagens e ver como a vida deles pode estar tão próxima e tão distante de uma maneira tão incrível. Só nos resta ficar na expectativa e torcer pelos encontros.

   O livro possui um narrador extremamente intrometido. E o mundo se divide entre pessoas que odeiam esse tipo de narrador e as que o amam. Não há escapatória, ou uma coisa ou outra e eu, felizmente, caí no lado que ama, mas sei de muita gente que não curte esse estilo de narração. A história para infinitas vezes só pra ele explicar o porquê de  algo, aparentemente insignificante, ser de total importãncia em um momento que, ele faz questão de destacar, não será contado agora.

   Os personagens, ah, esses são os maiores trunfos do Draccon. É interessante que no fim da minha edição há um pequeno depoimento dele dizendo as razões que o levaram a escolher contar esse tipo de história. Acontece que ele pega todas as nossas fábulas, sim, nossas doces e distantes histórias (aquelas mesmas que os nossos pais contavam para a gente dormir) e relaciona-as em um mundo novo, com novas caras e novas explicações. 

   Nas palavras do autor: "Por que a avó de Chapeuzinho Vermelho morava sozinha no meio de uma floresta? E qual diabos é o nome dessa garota? E porque ela foi enviada sozinha pela mãe? Se eu tentasse ir sozinho pra escola com aquela idade, minha avó me daria uns cascudos...". E é dessa maneira, extrovertida e cheia de personalidade, que Draccon caminha com sua narrativa. 

   Seu livro é cheio de simbolismos e lembranças. João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, Principe Sapo, Branca de Neve são alguns apenas alguns dos personagens que são anexados no meio dessa loucura de Nova Ether, mas há quem diga que outras personalidades como o cantor do Nirvana, Kurt Cobain, e do Guns N' Roses, Axel Rose.

   Mais e os tais Dragões de Éter, eles aparecem? Na verdade, não. Mas eu sinceramente não sei o que os próximos volumes estão guardando. No mesmo depoimento anexo no fim do meu livro, o autor explica o porquê da escolha desse título. Você pode conferir a explicação AQUI no site do autor.

   Mais você deve estar se perguntado o que são essas imagens, né? Bom, a primeira delas mostra o principe Axel Brandford e seu fiel escudeiro, Muralha. A segunda, a doce Ariane Narin com sua linda capa... vermelha. Eu queria falar sobre os outros personagens. Mas são tantos e a resenha já está tão grande que eu acho que você vão desistir de ler. haha

O importante é que o primeiro volume de Dragões de Éter leva:




   Um livro recomendadíssimo para todos os leitores. Surpreende, fluido, emocinante, é um livro grande, mas você nem percebe as páginas passando enquanto a história escorre por seus dedos e sua mente. Você vai amar Nova Ether, principalmente quando entender o que ela significa. Ainda ganha pontos por ser um livro brasileiro. E quem disse que nosso escritores não fazem boas fantasias tem engulir todas as palavras!